As abelhas são indispensáveis para o funcionamento do planeta. Sem elas, o prato que você come todos os dias seria diferente: brócolis, couve-flor, cebola e cenouras seriam alguns dos inúmeros alimentos que deixariam de existir. É que esses insetos (abelhas) são responsáveis pela polinização da maior parte desses vegetais.
Quem já experimentou a dolorida ferroada de uma abelha já deve ter desejado que elas jamais tivessem existido. Mas é melhor repensar. Diversos estudos indicam que a extinção desses animais é uma ameaça real. Como ficaria o mundo em tal cenário?
Desde os tempos das cavernas, o mel da abelha é utilizado pela humanidade para diversas funções: de alimento a remédio. O cirurgião vascular e médico ortomolecular Dayan Siebra, que estuda o assunto. Ele explica que o doce alimento possui mais de 300 substâncias e ajuda até a retardar o envelhecimento.
Agrotóxico é fatal para abelhas
Um agrotóxico fatal para as abelhas foi o mais encontrado em um levantamento do governo que analisa o resíduo de pesticidas em frutas e verduras vendidas em todo país. O resultado da nova edição do Programa de Análise de Resíduos de Agrotóxicos em Alimentos, o PARA, foi divulgado pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária (ANVISA) na semana passada e mostrou também que em 51% dos testes realizados foi encontrada alguma quantidade de resíduo de agrotóxico nos alimentos.
Na pesquisa, que testou 4.616 amostras de 14 alimentos, o ingrediente ativo Imidacloprido foi o mais encontrado. Ele é um neonicotinoides, um inseticida derivado da nicotina que tem capacidade de se espalhar por todas as partes da planta e, por isso, é fatal para os polinizadores, como a abelha. Imagina, você comendo alimento com agrotóxico? Morte lenta, certamente!
Uma reportagem da Agência Pública e Repórter Brasil revelou em março deste ano (2019) que mais de 500 milhões de abelhas morreram em 03 (três) meses em quatro estados brasileiros. Uma das principais causas das mortes foi justamente o contato com agrotóxicos à base de neonicotinoides, que atingem o sistema nervoso central das abelhas – afetando a capacidade de aprendizagem e memória, fazendo com que muitas delas percam a capacidade de encontrar o caminho de volta para a colmeia.
Uma frase famosa de Einstein, muito lembrada ultimamente: “Se as abelhasdesaparecerem da face da terra, a humanidade terá apenas mais quatro anos de existência. Sem abelhas não há polinização, não há reprodução da flora, sem flora não há animais, sem animais não haverá raça humana”.
