Em um time marcado pelo encantamento ofensivo, o goleiro Victor se tornou um herói improvável. Foi ele o principal responsável pela classificação do Atlético à semifinal da Copa Libertadores, após defender um pênalti nos acréscimos diante do Tijuana (MEX), garantindo o empate em 1 a 1 e evitando a eliminação alvinegra.
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O dia seguinte, segundo camisa 1 alvinegro, foi totalmente atípico. A começar pela noite sem sono, pensando no feito histórico que salvou o Galo na Libertadores.
“A noite foi mal dormida, graças a Deus. Muito mal dormida, pela felicidade, euforia do momento. Hoje foi um dia corrido, bastante gente me procurando para dar parabéns, bastante entrevistas. Isso é muito gostoso”, revelou Victor, que mostrou orgulho por ter se tornado o herói alvinegro.
“É memorável ligar a TV, abrir os jornais, entrar na internet e ver sua foto estampada em todos os veículos é gratificante. Com certeza vou levar com muito carinho pelo resto da minha carreira”, completou.
O pênalti cobrado por Riascos parou no pé esquerdo do goleiro atleticano, que já se deslocava para o canto direito. Segundo Victor, executar a defesa desta forma foi a única forma encontrada para evitar o gol.
“Foi o último recurso que eu poderia ter ali no momento. Tentei levantar a perna o mais rápido possível, como a gente diz na linguagem do futebol, a bola pegou na veia, fiquei feliz de ter pego a tempo de evitar o gol. Foi a defesa mais importante da minha carreira, pelo momento do jogo, a importância, tudo que representava a partida”, comentou.
Reação de Kalil e cartaz de agradecimento
Após a classificação, o presidente Alexandre Kalil foi às lágrimas e, junto da torcida, soltou o grito apontando Victor como o melhor goleiro do Brasil (veja o vídeo aqui), fato que deixou o goleiro contente e surpreso.
“Foi uma das primeiras imagens que mandaram, o vídeo do presidente. Ter o trabalho reconhecido pelo próprio presidente é bom, sou grato a ele pela confiança no trabalho”, afirmou.
Um pequeno recado pregado no portão de sua casa (veja aqui), com os dizeres “Obrigado, São Victor”, também tocou o coração do camisa 1 alvinegro.
“Cheguei em casa tinha um cartaz escrito obrigado são Victor. Foi uma situação diferente. Um cartaz pequeno que representava muito pra mim”, finalizou.
Veja outras respostas do goleiro Victor
Como foi o assédio nesta sexta-feira?
Não tenho ideia de quantas entrevistas já dei, foram mais de 20 solicitações. É legal, é gostoso, é o reconhecimento de um trabalho. Ser elogiado dá motivação e serve de inspiração para continuar o trabalho
Como tem sido a reação da torcida com você?
É um episódio que fortalece esse vínculo com torcedor, mas não pode parar por aí. Tem que almejar grandes conquistas e trabalhar dentro de campo.
Pegar pênaltis é sua especialidade?
No Atlético, de seis pênaltis eu defendi dois, se não me engano. É algo que procuro trabalhar, é função do goleiro procurar defender. Ontem fiquei muito satisfeito e feliz.
Como foi a recepção dos companheiros no vestiário?
Não lembro as palavras, mas foi um sentimento de agradecimento, de parabenizar. Mais de agradecimento pela força que pude dar à equipe.
