Buscando ampliar as discussões e dialogar diretamente com a comunidade sobre a implantação da Estação de Tratamento de Esgoto (ETE), o DMAES (Departamento Municipal de Água, Esgoto e Saneamento) promoveu uma reunião com uma comissão formada por moradores do bairro Rasa, na noite da última terça-feira (02). O Prefeito Guto Malta e outros representantes da administração municipal também participaram do encontro, que aconteceu na sede da Autarquia.
A população da cidade terá a chance de tirar dúvidas e debater a ETE em audiência pública a ser marcada pelo Conselho Municipal de Preservação de Defesa do Meio Ambiente (Codema). Mas o Departamento resolveu antecipar um encontro com os moradores da Rasa já que a construção da estação está prevista em terreno às margens da BR-120 (próximo a ponte do bairro) e sabe-se que parte da comunidade não concorda com a implantação, alegando que o mau-cheiro será inevitável.
Guto abriu o debate de 02/07 expondo que a construção da ETE é uma necessidade urgente do município, já que em maio de 2010 foi assinado um Termo de Ajustamento de Conduta (TAC) perante o Ministério Público da comarca de PN.
“Temos uma questão judicial que não pode ser desprezada. E este é apenas um dos fatores que temos que levar em consideração”, ressaltou o prefeito. No documento a Prefeitura e o DMAES se comprometem a realizar o tratamento do esgoto sanitário da cidade através da construção da Estação, o que não foi cumprido.
Guto ainda explicou aos presentes que o local foi apontado através de estudos técnicos e não escolhido pela atual administração. De sua parte, o diretor-geral do DMAES, Rogério Pena Siqueira, esclareceu que o projeto da ETE é de 2008 e neste ano o licenciamento ambiental foi retomado.
Sobre o mau-cheiro Rogério garantiu que ele será mitigado através do Plano de Controle Ambiental, que prevê a construção de uma cortina vegetal (faixa de árvores que cria uma divisa física com vizinhos) e outras medidas.
Os moradores alegaram que a construção da estação no terreno previsto não é viável, inclusive pelo fato do bairro ser área de expansão da cidade. Rogério então garantiu que a ETE não irá prejudicar o crescimento do bairro, inclusive sendo um fator positivo para instalação de novas empresas. “Ter a ETE é valor ambiental para a cidade”, destacou.
O diretor ainda informou que construir em outro terreno significa perder o projeto já concluído e, consequentemente, abrir mão de concorrer a verba federal durante os próximos anos. Isto porque um novo projeto demandará tempo.
Ao final a chefe de gabinete da Prefeitura, Michelle Guimarães, apontou necessidade de novas reuniões, que poderão ser marcadas posteriormente. Rogério disponibilizou os projetos da ETE para a comunidade e deixou as portas abertas para novos debates.