Após a onda de assaltos no entorno da Faculdade Fumec, no bairro Cruzeiro, região Centro-Sul de Belo Horizonte, representantes da Polícia Militar, Guarda Municipal, reitoria da instituição, moradores e integrantes do Diretório Central dos Estudantes (DCE) se reuniram nesta sexta-feira (23) para debater e providenciar medidas de combate à criminalidade na região.
Durante o encontro, o professor-reitor da Fumec, Eduardo Martins, se comprometeu a arcar com todos os custos da instalação de câmeras do Olho Vivo no entorno da instituição. Ele disse ainda que pode custear até mesmo o combustível gasto pelas viaturas que patrulham a região. A prefeitura disse que vai analisar a proposta.
A Polícia Militar se comprometeu a dar sequência ao policiamento reforçado no entorno da instituição, o que tem sido feito desde a última segunda-feira (19), quando uma aluna foi assaltada e agredida quando saía de casa, em um prédio que fica em frente à faculdade.
Segundo o tenente coronel Alfredo José Alves, comandante geral do 22º batalhão, duas viaturas e três motocicletas vão patrulhar o entorno de 7h às 23h. A instituição, no entanto, não informou o número de policiais que reforçaram a segurança. Estudantes da Fumec confirmam que o policiamento tem sido reforçado, mas temem que ele seja extinto daqui a alguns dias.
O secretário de regulação urbana da Prefeitura de Belo Horizonte, Daniel Nepomuceno, afirmou que as árvores plantadas nas imediações da faculdade serão podadas para diminuir a escuridão no local. Além disso, a Cemig se comprometeu a trocar toda a iluminação do entorno.
Manifestação
Na manhã desta sexta-feira (23), cerca de cem estudantes da universidade fizeram mais uma manifestação contra a violência na região. De acordo com o vice-presidente do DCE, Thales Augusto, os estudantes saíram da rua Cobre e foram até a avenida Afonso Pena. Com apitos, faixas e cartazes, eles cobraram uma providência imediata para combater a violência.
A previsão é de que outro protesto acontece a partir das 18h.
Na última sexta-feira (19), uma estudante de direito foi agredida e assaltada na rua Oliveira, enquanto seguia para a aula. Joice Silva, de 21 anos, saía de casa, em um prédio que fica em frente à faculdade, quando foi surpreendida por um assaltante que pedia seu telefone. “Ele me prendeu contra um carro, que estava estacionado, pegou meu aparelho, machucou minhas mãos, quebrando minhas unhas, e me deu um soco nas costelas”, conta.
Joice explicou ainda que no momento da ação outras pessoas que passavam pelo local tentaram imobilizar o suspeito, que conseguiu fugir em uma moto, que o esperava na esquina. De acordo os alunos, casos de furtos, roubos e até assaltos à mão armada são comuns no local.
Em nota, a Universidade Fumec lamentou o ocorrido.