Com 3,4% do total mundial, o Brasil ocupa a desonrosa posição de 7º maior poluidor do mundo em emissão de gases de efeito estufa. O país emitiu no ano passado 2,278 bilhões de toneladas brutas de gás carbônico equivalente (CO2e) contra 2.091 bilhões em 2015. Estes dados são da nova edição do Sistema de Estimativas de Emissões de Gases de Efeito Estufa (SEEG) divulgada pelo Observatório do Clima. É pior momento desde 2004, numa elevação considerada absurda!
O Observatório do Clima é uma rede de 37 entidades da sociedade civil brasileira formada com o objetivo de discutir as mudanças climáticas no contexto brasileiro, mais especificamente o aquecimento global. A rede foi fundada entre 22 e 23 de março de 2002, na Fundação Getúlio Vargas (FGV), com sede no Rio de Janeiro.
Queimada no Passa-Cinco, em 2014, despejou dezenas de quilos de C02e (Dióxido de Carbônio equivalente) no arr, contribuindo para o aquecimento local e incidindo no aquecimento global (foto acima).
O aumento, segundo os técnicos, é devido à crise econômica, já que os abates de bovinos recuaram pelos segundo ano consecutivo, devido à queda de demanda de consumo de carne. Como os bois e vacam emitem metano (o gás de efeito estufa mais importantes depois do CO2) durante a digestão e pela degradação do esterco. Menos gado abatido, mais efeito estufa no ar.
De acordo com os dados esta é a segunda elevação (12 de maio de 2016 e 31 de dezembro de 2017. É o governo Temer, seu estúpido!) consecutiva, enquanto o PIB-Produto Interno Bruto caiu. “O Brasil se torna, assim, a única grande economia mundial a aumentar a poluição sem gerar riqueza”, diz o Observatório do Clima.
Segundo o relatório, a alta de 27% do desmatamento da Amazônia foi a principal responsável pelas emissões do ano passado (2017). As emissões por mudança do uso da terra cresceram 23% e foram responsáveis por 51% de todos os gases de efeito estufa lançados no Brasil.
