Na década de 2000 eu dividia meu tempo entre ser assessor do Sindserp (Sindicato dos Servidores Públicos Municipais e Autarquias de Ponte Nova) e editor do jornal “O Município”, que tinha como proprietário, o não menos anarquista do que eu, João Brant. Escrevia o que quisesse e nunca fui censurado, o que é o certo. Censura é coisa de reacionário, conservador e falso moralista.
Morava num quarto do Hotel Globo, que fica no Centro Histórico. Em uma determinada noite, tomando uma cerveja em lata e fazendo companhia para o gerente, entrou um casal de lésbicas, ou sei lá o quê. O que interessa é que era duas lindas mulheres. Educadas. Foram bem atendidas e só havia um quarto: o que fazia parede e meia com o meu.
Tentei dormir por volta das 23 horas, mas era muito difícil. Os gemidos de prazer do quarto ao lado atravessavam a parede Ao imaginar o que estava acontecendo acabei me excitando. Foi uma noite de insônia, mas prazerosa. Gostaria de estar vendo, pois tem instantes que gosto de ser voyeur. É realmente sensacional observar dois corpos feminino se tocando.
Depois de tantos anos, veja uma\ notícia que circulou dia 25 de abril, Dia dos Cornos. A influenciadora e criadora de conteúdo adulto Sophi Delyon está no centro de uma polêmica que movimentou um condomínio residencial na cidade de São Paulo. O motivo: uma gravação realizada em seu próprio apartamento gerou reclamações de vizinhos e resultou em uma multa no valor de R$ 4.720,00.
Conhecida nas redes sociais por seu conteúdo provocativo e bem-humorado, Sophi Delyon foi penalizada após moradores relatarem sons considerados “claramente performáticos, longos e acompanhados de batidas ritmadas na parede”, segundo comunicado oficial emitido pelo síndico.
O episódio aconteceu durante a gravação de um vídeo para sua plataforma de conteúdo adulto. A intensidade do barulho chegou a assustar moradores, que chegaram a acionar a polícia por suspeita de violência doméstica. Após a chegada dos agentes, o mal-entendido foi rapidamente esclarecido, mas o caso gerou desconforto no prédio.
Segundo um aviso afixado nas áreas comuns, que circula nas redes sociais, a penalidade foi aplicada com base no item 5.2 da tabela de infrações do condomínio, sob alegação de “gravidade e reincidência da situação”.
Em suas redes, Sophi Delyon comentou o episódio com ironia. “Era só uma gravação. Confesso que às vezes sou escandalosa, mas não a ponto de virar caso de polícia”, afirmou. “Não houve desrespeito ou agressão, apenas um momento de intimidade interpretado de forma equivocada. Isso é reclamação de quem não transa”, acrescentou.
Neste sábado em que escrevo este artigo, 26 de abril de 2025, revi algumas cenas do filme Instinto Selvagem com Sharon Stone, que interpreta a escritora Catherine Tramel. Duas cenas são marcadamente sensuais e excitantes: a transa de Catherine Tramel com sua amante Roxy (Leilani Sarelle), e a famosa cruzada de perna de Sharon Stone, que abalou o Detetive Nick Curran (Michael Douglas).
O certo é que me lembrei de uma frase que criei há muitos anos e me deixa muito antenado em erotismo. Aliás, sou o único escritor ponte-novense (Cidadania Honorária), sou mesmo é de Coimbra, mas passei a infância e a adolescência em São Pedro dos Ferros. Olha aí a frase: Não tive todas as mulheres que eu quis, mas fui de todas que me quiseram
