Carregando data e hora...

MEIO AMBIENTE BRASILEIRO ENTREGUE NAS MÃOS DE QUEM DESDENHA DE CHICO MENDES

 

A jornalista Miriam Leitão (Rede Globo e jornal O Globo) afirma que, “o ataque do ministro do Meio Ambiente, Ricardo Salles, a Chico Mendes revela sobre seu caráter”. “Chico foi assassinado em 1988, não está aqui para se defender”, condena. Ela ainda expõe que “Salles é um completo estrangeiro na questão ambiental” e que “Chico Mendes defendeu a Amazônia com a própria vida”.

A jornalista contextualiza os últimos ataques de Salles: “Em entrevista ao programa “Roda Viva” n(TV Cultura), Salles o chamou de irrelevante. Esse foi o começo. Depois, fez pior. Acusou Chico de manipular a opinião de seringueiros em benefício próprio. Ele foi além.

 

Em entrevista ao jornalista Bernardo Mello Franco, falou que “o pessoal do agro” diz que o ambientalista era grileiro. São acusações muito graves feitas a uma pessoa que não está aqui para se defender. Chico Mendes está na história do Brasil, como lembrou o vice-presidente Hamilton Mourão. Novamente coube a ele corrigir os excessos de outras pessoas do governo”. 

 

“Chico Mendes defendeu a Amazônia com a própria vida. Era um adversário exatamente dos grileiros que tentam destruir a floresta. Foi assassinado assim. É uma atitude inqualificável o ministro acusar Chico Mendes de ser aquilo que ele combatia. Desconhecer a relevância desse personagem é o de menos nas declarações de Salles. O ministro fez acusações graves sem fontes nem provas contra alguém que já morreu”, relembra a jornalista ao site 247.

 

Ela inda reforça que “Salles é um completo estrangeiro na questão ambiental. Chico Mendes dá nome ao instituto que cuida das florestas nacionais, órgão ligado ao próprio Ministério do Meio Ambiente”.

 

O cara foi condenado, Vejam bem: condenado! Não é denunciado ou indiciado ou se tornou réu (como Jair Bolsonaro no STF). Ricardo Salles foi condenado em primeira instância (pode recorrer) por ter alterado um Plano de Manejo para favorecer mineradoras em São Paulo. Isto, quando ele era secretário de Meio Ambiente do governo Geraldo Alkmin.

 

Em 2017, o Ministério Público (MP) denunciou Ricardo Salles por improbidade administrativa. Segundo o MP, Salles favoreceu empresas de mineração e filiadas à Federação das Indústrias do Estado de São Paulo (Fiesp) ao alterar mapas de zoneamento do plano de manejo da Área de Proteção Ambiental (APA) do Rio Tietê.

 

O juiz concordou com o processo e condenou Ricardo Salles à suspensão dos direitos políticos por três anos e o pagamento de multa no valor de 200 mil reais. Além disso, Ricardo Salles está proibido de ser contratado pelo Poder Público. A  sentença foi dada pelo juiz Fausto José Martins Seabra, da 3ª Vara da Fazenda Pública de São Paulo.