Quase três meses após a Polícia Civil dar início às investigações sobre as mortes de cães e gatos em Rio Paranaíba, na região do Alto Paranaíba, nenhum suspeito de praticar os crimes foi identificado ou preso.
No dia 14 de junho, O TEMPO denunciou as mortes dos animais. Na época, eram 50 assassinatos de cães e gatos, sendo que o número quadruplicou de lá para cá. Agora, pelo menos 200 animais foram assassinados com veneno. A Associação dos Defensores e Amigos do Meio Ambiente (Adama) oferece uma recompensa de R$ 2.000 para quem der informações que levarem aos suspeitos da matança, que têm assustado a cidade.
De acordo com o delegado responsável pelo caso, Ítalo de Oliveira, faltam meios de se chegar aos possíveis responsáveis pelas mortes. “Ainda não conseguimos identificar essas pessoas por meio de câmeras de segurança ou através de depoimento de testemunhas”, explicou. De acordo com ele, desde maio, quando foi instaurado o inquérito policial, mais de 20 pessoas foram ouvidas e três mandados de busca e apreensão foram cumpridos, mas ninguém foi preso.
Durante as investigações, foram encontrados restos de alimentos, como carne, pães de queijo e bolachas, que estariam envenenados com um raticida conhecido como Chumbinho. “Fizemos quatro remessas desses materiais para análises da perícia”, acrescentou Oliveira.
O trabalho da polícia conta com ajuda da ONG Adama. “Estamos saindo nas ruas durante a noite para tentar localizar os criminosos”, afirmou a diretora da instituição, Fabiana Rocha de Castro. Segundo ela, antes restritos aos cachorros de rua, agora, os ataques também têm atingido os animais de estimação que ficam dentro das residências.