O projeto de implantação da Estação de Tratamento de Esgoto/ETE, desenvolvido pelo DMAES (Departamento Municipal de Água, Esgoto e Saneamento), foi apresentado aos vereadores de Ponte Nova na última quinta-feira (16). O detalhamento do processo, da construção até o funcionamento da Estação, ficou a cargo do diretor-geral da Autarquia, Rogério Pena Siqueira, que discursou na Tribuna Livre da Câmara. Ele esteve acompanhado de outros integrantes da equipe do Departamento.
Em plenário os vereadores parabenizaram Rogério pela apresentação e elogiaram o projeto. A principal dúvida deles foi com relação aos impactos ambientais e sociais acarretados pelo funcionamento da Estação. Sobre a questão o diretor ressaltou que a ETE pode vir a gerar alguns impactos no local, que serão controlados por diversas medidas mitigadoras, como construção de uma barreira vegetal (uma faixa de árvores, arbustos ou cercas vivas que cria uma divisa física com vizinhos) e cobertura das lagoas de tratamento do esgoto para impedir proliferação de possíveis odores.
Rogério destacou que a ETE é uma necessidade, já que até 2014 os municípios devem elaborar o Plano Municipal de Saneamento Básico, que prevê o tratamento de esgoto. Além disso, o diretor considera que a Estação vai melhorar consideravelmente a vida da população pontenovense, trazendo benefícios como a diminuição das doenças de veiculação hídrica (transmitidas através da água não tratada).
Na reunião Rogério ainda anunciou parceria com a Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG) para implantação de tecnologia de tratamento do lixo orgânico, que funcionará no mesmo local da ETE.
O vereador Geraldo Magela Lula questionou sobre o prazo para funcionamento da ETE, ouvindo de Rogério que todo o processo vai demorar cerca de dois anos e meio para ficar pronto. Porém, o tratamento do lixo pode começar um pouco antes, em aproximadamente um ano e meio.
A preocupação de José Mauro Raimundi, assim como a de outros representantes do Legislativo, foi com relação ao melhor local para construção da Estação. O diretor noticiou realização de estudos locacionais, comprovando que o terreno às margens da BR-120, próximo a ponte da Rasa, é a melhor opção. “Se começarmos a discutir local vamos perder a verba para construção da ETE. O Governo [Federal] não irá liberar o recurso se não tivermos um local para construção”, endossou Rogério.
Patrícia Castanheira exaltou as explicações de Rogério, “você é muito transparente e isso nos conforta”, disse ela. Já Valéria Alvarenga ressaltou que PN “precisa urgentemente do tratamento de esgoto”. A vereadora quis saber se a população será ouvida e Rogério pontuou que a Câmara tem a opção de realizar uma audiência pública. Marília Rolla frisou que o “projeto é maravilhoso e PN merece, é um privilégio para nós”. Já Anísio Filho se disse contente com a apresentação do diretor.
Ao final Rogério frisou que a Câmara tem fornecido todo apoio ao DMAES e deixou claro que está aberto a sugestões para modificações no projeto da ETE. “Gostaria de estar mais aqui, o tempo que for preciso. Vocês [os vereadores] possuem toda liberdade de acesso, meu celular está sempre ligado”, finalizou o diretor-geral.