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Nigéria passeia no Mineirão e aplica goleada no Taiti

O Mineirão viveu uma tarde diferente de tudo que já presenciou em seus quase 48 anos de existência. O estádio não estava nem perto de sua ocupação máxima, o currículo das duas seleções em campo passava longe de ter grandes conquistas, a qualidade técnica foi bem diferente da vista em grandes clássicos, mas quem esteve presente foi embora com a sensação de que valeu a pena acompanhar de perto mais um capítulo marcante da história do local.

No primeiro jogo do estádio nesta Copa das Confederações, com o placar apontando 6 a 1 para a Nigéria, a grande vencedora foi a democracia do futebol, que permitiu a um país sem tradição no esporte, como é o caso do Taiti, cativar a todos que estiveram no estádio e vibrar como se fosse campeão do mundo no único gol marcado, apesar de ter sido goleado.

O representante da Oceania entrou em campo empolgado, distribuiu os tradicionais colares do país para os africanos, teve o apoio quase absoluto dos torcedores e até se engraçou nos primeiros lances do jogo. A intenção era dar uma satisfação à demonstração de carinho feita pelo público que compareceu ao Gigante da Pampulha.

Mas o encanto taitiano durou apenas quatro minutos. Em um lance de sorte, os nigerianos abriram o placar com Echiejile, que chutou de fora da área e contou com o desvio em dois adversários para tristeza dos polinésios, que demonstraram toda a desilusão com o golpe logo no começo do confronto. Alguns até se jogaram no chão como sinal de desapontamento.

Logo ficou nítida a diferença entre uma equipe amadora, mas que jogou com raça, e um time profissional, que abusou do perfeccionismo. Enquanto o Taiti fazia um esforço sobre-humano para tentar evitar e marcar gols, a Nigéria jogava relaxada, muitas vezes parecendo até brincar com a bola, desperdiçando chances claras por falta de displicência.

Mesmo assim, já era o suficiente para construir uma goleada. Oduamadi marcou três vezes e terminou a primeira rodada como artilheiro da Copa das Confederações. Echiejile fez outros dois e Jonathan Tehau, contra, fizeram para os nigerianos. Porém, o melhor da festa estava guardado para o mesmo Tehau, que, antes de mandar para as próprias redes, fez o de honra dos taitianos. A torcida explodiu de alegria e os jogadores polinésios fizeram um verdadeiro Carnaval.

Após o apito final, mais aplausos para a seleção do Taiti, que se reuniu no meio-campo e fez questão de agradecer o incentivo dos torcedores, fechando uma tarde emocionante e histórica para o Mineirão.

 

O TEmpo