Carregando data e hora...

O LIXO DEVERIA TER AUTARQUIA PRÓPRIA COM O NOME DE SLU

A administração tomou uma atitude na semana passada, puxando para seu lado os holofotes. Neste caso, Wagner Mol Guimarães foi aplaudido e sua imagem alcançou altos índices de aprovação popular. O PL 3.572/2017 que propõe que a coleta e a destinação final do lixo de Ponte Nova saiu de pauta no dia 12/4 , por obra e graça da pressão popular (foto acima) exercida por entidades, cidadãos convictos e amplamente divulgado pela imprensa local, que exerceu seu papel de forma correta, sem maniqueísmo ou predileção. Isenção total.

O gargalo do lixo não está na coleta. Isto é fácil. Muitos caminhões, pessoal e horários adequados para a coleta. A coleta vai além deste simplismo. É preciso começar pela Educação Ambiental, envolvendo empregadas domésticas, donas-de-casa, comerciantes, associações de bairros, escolas e entidades de classe. Reuniões, mais reuniões, campanhas e mais campanhas.

Houve uma fase em que se começou a encontrar a melhor forma da coleta do lixo em Ponte Nova. Foi em 2003, quando surgiu a Assocata-Associação dos Catadores de Papel, Papelão e Materiais Recicláveis. O Município instituiu o Programa GIRES-Gerenciamento Integrado dos Resíduos Sólidos. Foi o pontapé para a Coleta Seletiva, que foi estagnada a partir de 2005. Já são 13 anos de atraso na solução do problema.

Os recursos financeiros para o programa GIRES e Coleta Seletiva vieram do Fundo Nacional de Meio Ambiente, órgão do Ministério do Meio Ambiente. A empresa contratada tinha expertise no assunto. Era o Instituto INSEA (Instituto Nenuca de Desenvolvimento Sustentável/Belo Horizonte), o mesmo que conseguiu a façanha de transformar Itabirito na cidade mais ecológica, em termos de limpeza urbana, em toda a região. Um governo não deu sequência ao anterior. Lamentável!

O Prefeito Wagner Mol Guimarães tem o compromisso de campanha de solucionar problemas. Milagre não fará, mas pode rezar para todos os santos, afinal ele religioso e acredita em Deus. Poderia acontecer uma extraordinária centelha e orientá-lo a retirar o lixo da Secretaria de Meio Amviente (Semam) e criar uma autarquia própria, que seria a Superintendência de Limpeza Urbana.

De quebra, ele resolveria 02 (dois) problemas e faria um bem enorme para o meio ambiente: 01) deixar a Semam livre para gerenciar planos de projetos de arborização urbana, cuidar do Passa-Cinco, implantar Pomares Urbanos Coletivos nas áreas verdes e recuperar áreas degradadas com cobertura vegetal, incluindo plantio de árvores;

02) Deixar o DMAES cumprir sua obrigação original, que é cuidar da água e esgoto e aplicar recursos na preservação de nascentes e recuperação de matas ciliar, construir interceptores de esgoto e preparar a cidade para o futuro tratamento de esgoto.

Wagner Mol Guimarães, você demonstrou que escuta o povo quando retirou o PL 3572. Escute o povo nas questões futuras. Você foi eleito pela população e não apenas para ouvir seus assessores, quando ocupam cargos de sua estrita confiança.