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LAMENTO DAS ÁGUAS ENVENENADAS

Lá pelas bandas do Grama
Apareceu lama vermelha na água
Parecia até que era sangue
Mas bicho não come e nem bebe
Sangue de companheiro.

Era ferro misturado com polpa
Do vil metal do Império Britânico
Mas o despejo da desgraça
Era um ritmo quase que satânico
Fazendo o Santo Antônio tremer de raiva

Meu coração chora e sangra
Espremido de tanta tristeza e agonia
Mas o som das águas limpas
É uma clara e verdadeira sinfonia
Para saudar o pobre e agredido Rio Doce

A lama arrasou a vida no Gualaxo do Norte,
No Rio do Carmo e no Rio Doce,
Mas a água vermelha real do Rio Piranga
Vai salvar o Doce
E o santo Antônio vai sorrir novamente!

Águas sujas de veneno não passarão (Refrão)
Águas são para a vida e não para a morte!